segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

5 razões para repensar os investimentos para a aposentadoria


O panorama da aposentadoria se mostra nos dias atuais, completamente diferente do que foi no passado. Para começar, viver mais tempo está nos forçando a mudar a forma como investimos. É hora de repensar a próxima fase de sua vida.
Você pode ter ouvido algo sobre alguém vivendo uma crise na aposentadoria. Nos dias de hoje sua reação pode estar em olhar seu benefício quando se aposentar e pensar, "Sim, este sou eu" ou "Não existe crise aqui". Mas onde quer que você se julgue estar, seja no espectro entre a aceitação fatalista e a confiança alegre, existem muitos motivos para repensar seu investimento para a aposentadoria. Aqui estão cinco deles:
1. Você viverá mais tempo
Se você tem 60 anos, a expectativa de vida média até a aposentadoria desde o dia em que começaste a trabalhar era uma. Hoje, você pode esperar uma aposentadoria com uma idade bem mais avançada. Seria difícil prever as consequências da longevidade. Gerenciar isso exigirá mais economia, talvez um crescimento maior em sua carteira de investimentos e certamente um planejamento muito mais cuidadoso para fazer seu dinheiro aumentar.
2. Os títulos normais não vão suportar o peso futuro
Trinta anos atrás, você poderia ter investido seu portfólio para aposentadoria em títulos e aproveitar a renda decorrente, com relativa segurança, pois o crescimento das taxas de juros não era significativo. Talvez isso não seja provável nos próximos trinta anos, pois os rendimentos começaram a subir, bem como o valor dos títulos e dos juros também o fizeram, tornando o valor das carteiras de títulos mais susceptível a uma queda. Os retornos esperados com os títulos podem forçá-lo a repensar seu portfólio e considerar a exposição em renda fixa de forma a aumentar os rendimentos e a qualidade dos investimentos.
3. O risco ignora fronteiras
Nos dias de hoje os mercados estão mais interligados do que antes. Os fatores de riscos econômicos, as taxas de juros, os regulamentos, a  exposição à agitação global e a moeda política podem afetar o retorno em alguns setores e classes de ativos. Simplesmente, diversificando entre títulos e ações de primeira linha pode não ser suficiente. Você pode precisar considerar dedicar porções de seu portfólio para áreas e setores potencialmente desconhecidos, como outros instrumentos financeiros.
4. Você tem mais escolhas a fazer
Tendemos a pensar na aposentadoria como um problema de investimento. Mas três das mais importantes escolhas que você precisa fazer não têm nada a ver com investimentos. Elas são: quanto economizar, quanto é suficiente economizar e quando se aposentar. Claramente, estas escolhas estão inter-relacionadas. Se você está preocupado com seu progresso em direção ao objetivo trçado, aumentar a quantidade que você economiza, ou ajustar a sua data de aposentadoria, ou mesmo redimensionar suas metas de gastos até a aposentadoria, podem representar um impacto enorme.
5. Você precisa construir sua própria pensão
Raramente colocamos nestes termos, mas o objetivo de sua poupança para a aposentadoria é construir sua própria pensão. Em algum momento no futuro, seu fluxo atual de renda periódica (ou seja, seus contracheques) cessarão e será necessário substituí-lo por todos os meios disponíveis. Isto traz de volta a questão "quanto economizei?", "quanto de benefício na aposentadoria posso esperar?".
Coloquee estas cinco razões juntas, e você tirará uma foto de sua aposentadoria que será mais complicada do que muitos imaginam. Por isso é fundamental ser guiado por objetivos claros. 
Não esqueça, investimento envolve risco, incluindo a possível perda do capital inicial.

Referência: BlackRockBlog

domingo, 29 de novembro de 2015

Existe um objetivo para seu investimento?


Por que você está investindo? Está certo se você tiver muitas respostas diferentes para esta pergunta, mas há um grande problema se você não tem pelo menos uma resposta. Investir é como dirigir um automóvel: é o melhor fazê-lo com os olhos bem abertos!
Deve-se ter razões claras ou para que fins está sendo feito o investimento; isso é crítico para se investir com sucesso. Como o treinamento em uma academia, investir pode tornar-se difícil, tedioso e até mesmo perigoso se você não está trabalhando em direção a um objetivo e monitorando seu progresso. Neste post, vamos examinar algumas razões comuns para investir e sugerir investimentos que atendam a essas razões.
Aposentadoria
Não se sabe se o sistema previdenciário sobreviverá nas próximas décadas. É esta incerteza e a realidade da inflação que nos forçam a planejar nossa própria aposentadoria. Você só precisa abrir o jornal para saber mais sobre um fundo de pensão, ou mesmo a previdência oficial (INSS), que está congelando os benefícios/pensões ou um novo projeto de lei que vai cortar os pagamentos da previdência oficial. Nestes tempos incertos, investir pode ser uma ferramenta para ajudá-lo a traçar um caminho sólido para a aposentadoria. Três máximas se aplicam quando se pensa em investir para os anos pós-trabalho:
1. Nos anos que restam entre hoje e sua aposentadoria, seu dinheiro tem que crescer. Você tem que manter em mente que está lutando contra a inflação quando você está planejando se aposentar. Em outras palavras, se você não investir o seu dinheiro para superar a inflação, isso não vai valer tanto no futuro, quanto vale hoje.
2. Quanto mais velho você for quando começar a investir, o mais avesso ao risco você terá que ser. Isto significa que você provavelmente usará investimentos garantidos, tais como títulos de dívida, que têm rendimentos inferiores. Por outro lado, se você começar jovem, você pode correr riscos maiores para ganhos maiores (assim é esperado).
3. Quanto mais cedo você começar o aprendizado sobre investimento, mais fácil será buscá-lo. Profissionais financeiros são difíceis de escolher e caro para manter, por isso é melhor gerir seus próprios negócios, sempre que possível.
Investir para a aposentadoria é semelhante a investir a longo prazo. Você deve encontrar veículos de investimento com qualidade para comprar e manter com a maioria do seu capital de investimento. Seu portfólio para a aposentadoria será realmente um mix de ações, obrigações, fundos de índice e outros instrumentos do mercado financeiro. Esta mistura irá mudar com a sua idade, tendendo cada vez mais para baixo risco, garantindo seus investimentos com a idade.
Alcançar objetivos financeiros
Não é preciso sempre a pensar a longo prazo. Investir é tanto uma ferramenta para moldar a sua situação financeira atual, como para formar seu um futuro. Quer comprar um BMW no ano que vem? Quer ir em um cruzeiro pela Europa? Umas férias que foram pagas com dividendos de ações não faria você se sentir melhor?
Investir pode ser usado como uma maneira de aumentar seus rendimentos do trabalho, ajudando você a comprar as coisas que você quer. Uma vez que investir muda junto com as metas dos investidores, este tipo de investimento não é como investir para a aposentadoria. Investir para alcançar metas financeiras envolve uma mistura de investimentos a longo prazo e a curto prazo. Se você está investindo na esperança de comprar uma casa, você quase certamente utilizará instrumentos de longo prazo. Se você está investindo para comprar um computador novo no ano que está chegando, você pode querer investimentos de curto prazo que pagam dividendos ou alguns títulos de alto rendimento.
A advertência aqui é que você precisa identificar suas metas, primeiro. Se você quer sair de férias em um ano, você tem que sentar e descobrir o custo total das férias e depois montar uma estratégia de investimento para atender a esse objetivo. Se você não tem um objetivo definido, o dinheiro que deveria ir para esse investimento sem dúvida será usado para outros fins que parecem mais prementes no momento (presentes de Natal, uma noite fora e assim por diante).
Investir para atingir objetivos financeiros pode ser muito excitante e desafiador. Combinando a pressão das restrições de tempo, com o fato de que você não
está acostumado a lidar com grandes somas de dinheiro é vital (como investir para a aposentadoria), e você pode ser menos avesso a risco e mais motivado a aprender sobre rendimentos mais elevados de investimentos (valorização de ações, investimentos especulativos, etc.). O melhor é que uma recompensa tangível estará ao fim de tudo isso.
Razões para não investir
Assim como existem duas razões principais para investir, existem dois grandes motivos para não investir: dívida ou uma falta de conhecimento.
No primeiro caso, é uma simples questão de matemática. Imagine que você tem um empréstimo de R$1.000,00 com juros de 9%, e você ganha uma gratificação de R$1.000,00. Você deve investi-la ou você deve pagar a dívida? Resposta curta: pagar a dívida. Se você investir, o dinheiro tem de trazer um retorno maior do que os 9% de juros que você paga (sem contar as comissões e taxas) para valer a pena. Isso pode ser feito, mas é muito mais fácil encontrar bons retornos sobre o investimento, sem ter que lutar contra perdas em sua dívida.
Existem diferentes tipos de dívida - cartão de crédito, hipotecas, empréstimos estudantis, agiotas - e eles carregam diferentes graus de peso quando você está considerando investir apesar delas.
Quando se trata de falta de conhecimento, é uma questão de "terreno alagadiço onde os anjos temem pisar". Jogando seu dinheiro ao acaso em investimentos que você não entende é uma maneira de perdê-lo rapidamente. Retornando para a analogia do exercício, você não se exercita em uma academia e perde 30kg em seu primeiro dia de exercício. Em outras palavras, sua entrada na área de investimento deve seguir o mesmo processo incremental como a perda de peso.
Conclusão: permitindo a mudança
Suas razões para investir serão obrigadas a mudar à medida que você atravessar os altos e baixos da vida. Este é um processo importante, porque a única outra opção é investir sem propósito, que provavelmente vai resultar em práticas que refletem sua incerteza e provocam o sacrifício de seus retornos para o investimento feito. Suas razões e seus objetivos terão de ser revistos e ajustados, conforme as suas circunstâncias mudam. Mesmo que nada de significativo seja alterado ao longo do caminho, é sempre útil confrontar com suas razões preliminares em intervalos regulares para ver como progrediu. Tal como correr em uma esteira, investir fica mais fácil e mais fácil, uma vez que você realmente comece.


Referência: Andrew Beattie

Como começar a poupar visando a aposentadoria


Pensar na aposentadoria não é coisa para ser feita quando estivermos a dois passos dela. Principalmente em um país, como o Brasil, onde as regras do jogo mudam constantemente e não conseguimos saber se amanhã teremos as mesmas situações de hoje.
É altamente conveniente pensar a longo prazo, tendo como foco a aposentadoria, ocasião em que as condições individuais serão diferentes daquelas dos tempos passados.
Quando se trata de finanças pessoais, economia e investimento, encontramos uma série de "depende" ou "sua situação pode ser diferente". Pode-se dizer que a poupança para a aposentadoria não está entre estes - a menos que você seja um dos poucos afortunados para ser financeiramente independente, separando hoje, algum dinheiro para ver se você terá o suficiente durante os anos que ainda restam de estrada.
Infelizmente, a inércia pode ser uma força poderosa e ir do "não economizar" ao "economizar" pode ser assustador para a maioria das pessoas. Isto pode fazer as coisas piorarem, tanto do ponto de vista de investimento, como com a assistência de alguma assessoria financeira que seja possível conseguir. Isto pode se aplicar principalmente para as pessoas que já estão com a carreira em estado avançado e começam a pensar em fazer alguma poupança ou investimento para o futuro. Vamos alinhavar algumas possibilidades, ou estratégias, para iniciar o processo.
Economizar não é opcional
Espero que quem esteja lendo este post já esteja imbuído da ideia de que a economia de dinheiro  não é um exercício opcional. Ninguém sabe como a situação dos aposentados pela previdência oficial (INSS) vai ficar em uma década ou mais, nem como esses benefícios estarão se comportando quando comparados com o custo de vida real à época - simplesmente não é possível considerar o que se recolhe como contribuição nos dias de hoje com vista ao que isso significará em termos de valor dos benefícios futuros.
É também importante notar que o governo (e muitas empresas) oferecem incentivos para poupança. Você deve procurar a melhor forma de tirar algum proveito disto para o futuro. Se você reservar dinheiro para uma conta de aposentadoria apropriada (como uma fundo de pensão patrocinado por sua empresa, ou aplica em um fundo de aposentadoria do tipo PGBL, ou VGBL), você não só poderá pagar um imposto mais baixo naquele ano, mas o dinheiro que você economizar pode acumular-se livre de impostos por décadas. Nos fundos de pensão patrocinados por empresas, elas estarão fazendo um aporte, em dinheiro, que você receberá de alguma forma, de volta quando se aposentar. Então, faça o que puder para tirar proveito isso.
Os problemas de começar
A experiência mostra que um dos maiores problemas encontrados pelas pessoas quando tentam começar a poupar é a crença de que eles não têm dinheiro suficiente. Aqueles que legitimamente estão lutando para sobreviver não devem ignorar o fato de que economizar para si e para a família deve ser uma prioridade igual àquela de pagar suas contas pessoais. A sugestão não é que seja dado calote em empréstimos ou deixar contas atrasar sistematicamente, mas se você não se cuidar, quem o fará?
É também importante aceitar desde o início que haverá desafios para começar. Haverá meses onde você verá seu dinheiro encurtar e não terá muito como economizar. Você também irá verificar que suas escolhas de investimentos são bastante limitadas e que muitas pessoas não querem lidar com seu dinheiro, porque você não tem muito dinheiro disponível. Não desanime - economize tanto e tão frequentemente quanto você possa.
Começar pequeno
É absolutamente verdade que a indústria de finanças pessoais está configurada para atender àqueles que têm considerável riqueza - virtualmente cada banco e corretora prefere lidar com 10 milionários do que com 10.000 pessoas com R$1.000,00 cada uma. Suas economias e planos para a aposentadoria não devem ser baseados em o que querem ou o que é conveniente para eles, mas sim visando aquilo que atenda às suas necessidades.
Para esse fim, economizar até mesmo R$250,00 ou R$50,00 em poupança, por mês, para a aposentadoria é um bom começo e vale a pena. Qualquer poupança é poupança, e economizar mesmo pequenas quantias estabelece o hábito e o processo. Existem várias corretoras que oferecem contas visando a aposentadoria, sem valor mínimo e sem taxa de administração e você pode até programar uma retirada automática de uma pequena quantia de sua conta corrente bancária e depositá-la mensalmente nessa conta com vistas à aposentadoria. Claro, com isso você não vai comprar uma casa na França para sua aposentadoria, mas você estará estabelecendo bons hábitos e estará economizando.
Insistir em economizar/poupar é realmente importante pois você estará criando um hábito e não deve parar, ao longo da vida. Pode ser complicado juntar o dinheiro dessa forma, mas não se prepare para o fracasso. Economize um pouco a cada mês, idealmente usando uma conta de poupança online e apenas tocando nela em caso de extremo urgência.
Como dito antes, cada vez mais empresas de corretagem e fundos mútuos estão dispostos a abrir contas pequenas sem taxas ou taxas mínimas. Procurar essas empresas é uma boa ideia. É aconselhável fazer frequentemente uma seleção mais detalhada das opções de investimento disponíveis (fundos mútuos, ETFs, ações, poupança etc), com taxas mais transparentes e razoáveis e infraestrutura para oferecer serviços adicionais (incluindo consultoria para investimentos pessoais), conforme suas necessidades mudarem ao longo do tempo.
Ser realista sobre risco
Aqueles que estão apenas começando a poupar para a aposentadoria também precisam pensar sobre o risco de cada investimento. Enquanto os acadêmicos e os profissionais de investimentos lutam para definir e medir o risco, as pessoas mais comuns têm uma compreensão muito clara de qual é a chance que tem de perder uma parte substancial do seu dinheiro (o "substancial" varia de pessoa para pessoa).
Os novos poupadores e investidores devem ser realistas sobre o risco. Enquanto qualquer quantidade de poupança é um bom começo, é bom ter em mente que pequenas quantias de dinheiro não irão produzir quantidades exageradas de renda no futuro. Isso significa que faz muito pouco sentido para investir em renda fixa ou outros investimentos conservadores logo no início. Da mesma forma, não queira destruir aquela poupança inicial logo de cara, assim, evite as áreas mais arriscadas do mercado - seja biotecnologia, seja ouro, seja fundos alavancados e assim por diante. Um fundo de índice básico (um fundo que corresponda a um índice popular como o Índice Bovespa) é um bom lugar para começar; há certamente um risco de que o preço pode cair, mas a probabilidade de um desastre total é quase zero e as chances favorecem uma quantidade razoável de crescimento.
Seus primeiros investimentos
Como um novo investidor de economias, seus primeiros investimentos provavelmente serão em ETFs (Exchange Traded Funds) ou fundos mútuos. ETFs e fundos mútuos são muito úteis pois eles permitem ao investidor aplicar quase qualquer quantidade de dinheiro (a partir de muito pouco, até muito dinheiro), com pouco incômodo e custo. Com um fundo mútuo ou ETF, o investidor pode começar com R$500,00 e essencialmente comprar pequenas participações em dezenas (senão centenas ou milhares) de ações - dando ao investidor uma chance melhor de ver retornos positivos e menores perdas significativas.)
Os índices ETFs, com razão, tornaram-se muito populares nos últimos anos. Por muito pouco custo (uma comissão inicial e uma pequena taxa anual que é deduzida  automaticamente a partir das das cotas adquiridas), um investidor pode comprar efetivamente qualquer índice popular. Há também um número crescente de ETFs que permitem que os investidores invistam em grandes categorias - algo que tem estado disponível aos investidores dos fundos mútuos por décadas.
Quando se trata de finanças pessoais, economia e investimento, há uma grande quantidade de pontos a considerar pois uma situação é diferente de outra. A poupança para a aposentadoria não está entre eles - a menos que você seja um dos poucos afortunados independente financeiramente, que separa algum dinheiro hoje esperando para ver se você terá o suficiente durante os anos que se aproximam no futuro.
Infelizmente, a inércia pode ser uma força poderosa e não garantirá qualquer economia pois pode ser assustador para a maioria das pessoas. Isto faz as coisas piorarem, tanto do ponto de vista de investimento como de aconselhamento financeiro pois o mundo das finanças é projetado para pessoas que já atravessaram uma fase de experiência de vida e começam a poupar e investir para o futuro. Vamos, então, é delinear algumas estratégias para iniciar o processo.
Acumulando mais
Conforme o tempo passa, o hábito de poupar vai se tornando cada vez mais seguro. E mais, à medida que o tempo passa você pode achar que seus ganhos aumentam e que você pode economizar mais. Quando você economiza mais e seus investimentos iniciais crescem em valor, você concluirá que você tem que investir mais e tem mais opções.
Quando você tem mais dinheiro para investir, os mínimos de investimento aplicados no fundo mútuo podem já não importar tanto, e você pode ser capaz de possuir mais fundos e ETFs. Você também pode concluir que pode se dar ao luxo de assumir mais riscos (investindo mais em investimentos mais arriscados do que em crescimento) ou optar por determinados tipos de investimentos (investindo em segmentos específicos ou em áreas geográficas). Tenha cuidado para não diversificar demais. É muito melhor ter cinco grandes ideias que 15 ideias medíocres.
Alguns leitores podem estar se perguntando sobre quando eles podem começar a comprar ações individuais. Não há nenhuma regra preestabelecida e rápida aqui, mas gostaria de sugerir que um máximo de 30% da poupança total é um bom número para usar como referência. Pode mesmo ser prudente começar investindo 10% em uma ação individual ou duas e manter o resto em fundos ou aumentar a alocação de ações individuais, à medida que você se sente confortável.
Lembre-se de que investir em ações individuais é um pouco diferente do que investir em fundos ou ETFs. Você tem que assumir mais responsabilidade por suas decisões de investimento, leva muito mais tempo e requer um pouco mais de pesquisa para selecionar e investir em ações individuais. As recompensas são certas, mas a menos que você esteja disposto a dedicar uma quantidade significativa de tempo em uma base contínua, você pode achar que aplicar em fundos e ETFs faz mais sentido para o longo prazo.
À medida que você tem mais dinheiro para investir, você também deve verificar se está maximizando suas oportunidades. Começamos falando de economizar apenas R$25,00 por mês, mas com seu aumento de salário e você tendo mais dinheiro sobrando no final do mês, tente maximizar suas economias, em qualquer opção de poupança que esteja disponível.
O pano de fundo
A parte mais importante de qualquer poupança ou plano de aposentadoria é simplesmente começar a executá-lo. Não há nenhuma  maneira certa de poupar dinheiro, nem um caminho certo para investir. Você vai cometer erros ao longo do caminho... E mais cedo ou mais tarde você verá o valor de algumas (se não todas) das suas economias declinar. Isso é normal. Não parece particularmente bom, mas é normal. O que é importante, porém, é que você continue economizando, mantendo a aprendizagem e mantendo o olhar para construir a riqueza para o futuro. Se você estabelecer o hábito de poupar dinheiro todos os meses, dedicar tempo para encontrar boas aplicações para esse dinheiro e pacientemente, permitir que sua riqueza cresça você estará dando passos enormes para tornar o seu futuro financeiro mais seguro.

Referência: Stephen D. Simpson

sábado, 28 de novembro de 2015

Por que tratar sobre investimento e aposentadoria em um mesmo blog?


Cabe esclarecer inicialmente, que não sou economista por formação acadêmica, nem tão pouco corretor de investimentos.
Dedico-me ao tema investimentos desde 1970, quando passei a ficar atento à forma como se desenrolavam as diferentes situações econômicas pelas quais passavam pessoas empregadas em diferentes tipos de empresas, e mesmo empresários pequenos e médios, considerando principalmente os solavancos passados pela economia brasileira.
Sou do tempo em que a inflação brasileira era altíssima, na casa dos dois dígitos; quem aplicava em ações na Bolsa de Valores poderia ganhar uma unidade monetária por dia, aplicando em ações do Banco do Brasil, ou ver seu dinheiro crescer, teoricamente, aplicando no overnight, em qualquer banco comercial.
A caderneta de poupança tida por muitos como um porto seguro, não apresentava ganho de capital tão alto quanto a Bolsa ou o overnight, pois a alta inflação comia todo o rendimento de um mês de aplicação. Este tempo passou(?).
A partir de então, procurei entender como seria minha vida após a aposentadoria. Embora só tivesse 5 anos de tempo de serviço; ainda faltavam 30 anos para a aposentadoria. Eu já já estava casado e o primeiro filho planejado. Na época eu era empregado de uma empresa estatal que garantia alguma estabilidade financeira. No entanto, se eu não prestasse atenção sobre minha vida financeira futura, como seria? Era o início de meu planejamento para a aposentadoria!
Assim, dediquei-me a reunir informações relacionadas com o mercado financeiro, sem a pretensão de me tornar um especialista, mas consolidar material e informação que me possibilitasse entender um pouco melhor como as coisas funcionavam neste segmento.
Entendo que nossa vida funciona tal como uma empresa, reunimos um capital inicial, fruto de economias da remuneração pelo trabalho realizado, investimos tais economias para auferir ganhos, os quais poderão ter parte reaplicada e por aí seguimos com vistas a aumentos de capital, aumentos de ganhos e reinvestimentos. Resultado? Uma aposentadoria com certo grau de tranquilidade, embora sempre sujeita às políticas econômicas de cada ocasião.
É preciso estar sempre atento, com vistas a tirar o melhor proveito de cada situação.
À época pensava: quem sabe se aplicasse uma parte das economias na Bolsa de Valores e outra parte em um fundo de investimentos (overnight, na época) no banco comercial onde possuía minha conta corrente? Mas como fazê-lo sem depender única e exclusivamente de informações de outros das quais não tinha grandes referências (o corretor da Bolsa, ou o gerente do Banco)? O primeiro, obviamente, de olho nas comissões de cada movimento de negociação, para suportar sua sobrevivência; o segundo, para cumprir as metas estabelecidas pelo banco e, como consequência, sua promoção e melhor remuneração daí decorrente.
Para suprir tal desconfiança, minha primeira providência foi a matrícula em um curso na Bolsa de Valores, com a finalidade de entender o mercado de aplicações em ações de empresas ali comercializadas. Reunidas as informações iniciais, adquiri alguns livros de autores internacionais sobre ações, análises gráficas, análises de balanço, etc, bem como outras publicações tratando sobre fundos de investimentos e por aí fui me inteirando sobre o mercado financeiro.
Hoje, não posso, nem devo me considerar um especialista, pois ainda convivo com possibilidades de erros, mas o saldo tem sido positivo: mais acertos do que erros.
O tempo me ensinou muitas coisas sobre como economizar, como investir uma parte das economias, sem deixar de viver a vida com satisfação e tranquilidade. Não estou milionário, mas minha aposentadoria com certo conforto é fruto de todo o investimento feito no passado.
Neste blog procuro passar para os leitores opiniões e conceitos que julgo serem úteis para quem planeja sua aposentadoria, ou mesmo para quem está começando na nova etapa da vida - a aposentadoria.
Espero que o exposto neste blog seja de utilidade, principalmente para os mais jovens que se preocupam com seus futuros e de suas famílias.
Boa sorte para todos os leitores.