Cabe esclarecer inicialmente, que não sou economista por
formação acadêmica, nem tão pouco corretor de investimentos.
Dedico-me ao tema investimentos desde 1970, quando passei a
ficar atento à forma como se desenrolavam as diferentes situações econômicas
pelas quais passavam pessoas empregadas em diferentes tipos de empresas, e mesmo empresários pequenos e médios, considerando
principalmente os solavancos passados pela economia brasileira.
Sou do tempo em que a inflação brasileira era altíssima, na
casa dos dois dígitos; quem aplicava em ações na Bolsa de Valores poderia
ganhar uma unidade monetária por dia, aplicando em ações do Banco do Brasil, ou
ver seu dinheiro crescer, teoricamente, aplicando no overnight, em qualquer
banco comercial.
A caderneta de poupança tida por muitos como um porto
seguro, não apresentava ganho de capital tão alto quanto a Bolsa ou o
overnight, pois a alta inflação comia todo o rendimento de um mês de aplicação.
Este tempo passou(?).
A partir de então, procurei entender como seria minha vida
após a aposentadoria. Embora só tivesse 5 anos de tempo de serviço; ainda
faltavam 30 anos para a aposentadoria. Eu já já estava casado e o primeiro
filho planejado. Na época eu era empregado de uma empresa estatal que garantia
alguma estabilidade financeira. No entanto, se eu não prestasse atenção sobre minha
vida financeira futura, como seria? Era o início de meu planejamento para a
aposentadoria!
Assim, dediquei-me a reunir informações relacionadas com o
mercado financeiro, sem a pretensão de me tornar um especialista, mas consolidar
material e informação que me possibilitasse entender um pouco melhor como as
coisas funcionavam neste segmento.
Entendo que nossa vida funciona tal como uma empresa,
reunimos um capital inicial, fruto de economias da remuneração pelo trabalho
realizado, investimos tais economias para auferir ganhos, os quais poderão ter
parte reaplicada e por aí seguimos com vistas a aumentos de capital, aumentos
de ganhos e reinvestimentos. Resultado? Uma aposentadoria com certo grau de
tranquilidade, embora sempre sujeita às políticas econômicas de cada ocasião.
É preciso estar sempre atento, com vistas a tirar o melhor
proveito de cada situação.
À época pensava: quem sabe se aplicasse uma parte das
economias na Bolsa de Valores e outra parte em um fundo de investimentos
(overnight, na época) no banco comercial onde possuía minha conta corrente? Mas
como fazê-lo sem depender única e exclusivamente de informações de outros das
quais não tinha grandes referências (o corretor da Bolsa, ou o gerente do
Banco)? O primeiro, obviamente, de olho nas comissões de cada movimento de negociação, para suportar sua sobrevivência; o segundo, para cumprir as metas estabelecidas pelo banco e, como consequência, sua promoção e melhor remuneração daí decorrente.
Para suprir tal desconfiança, minha primeira providência foi
a matrícula em um curso na Bolsa de Valores, com a finalidade de entender o
mercado de aplicações em ações de empresas ali comercializadas. Reunidas
as informações iniciais, adquiri alguns livros de autores internacionais sobre
ações, análises gráficas, análises de balanço, etc, bem como outras publicações
tratando sobre fundos de investimentos e por aí fui me inteirando sobre o mercado
financeiro.
Hoje, não posso, nem devo me considerar um especialista,
pois ainda convivo com possibilidades de erros, mas o saldo tem sido positivo:
mais acertos do que erros.
O tempo me ensinou muitas coisas sobre como economizar, como
investir uma parte das economias, sem deixar de viver a vida com satisfação e
tranquilidade. Não estou milionário, mas minha aposentadoria com certo conforto
é fruto de todo o investimento feito no passado.
Neste blog procuro passar para os leitores opiniões e
conceitos que julgo serem úteis para quem planeja sua aposentadoria, ou mesmo
para quem está começando na nova etapa da vida - a aposentadoria.
Espero que o exposto neste blog seja de utilidade,
principalmente para os mais jovens que se preocupam com seus futuros e de suas
famílias.
Boa sorte para todos os leitores.